domingo, janeiro 14, 2007

mar de chamas

O jardim do paraíso está a arder, e do céu chove gasolina.

Uma mancha negra sobrevoa os céus.
Um pássaro. Um pássaro negro voa em círculos. Confuso. Aflito. Desnorteado.
Procura poiso. Terra firme.
No entanto, em seu redor é todo chamas… Até à linha do horizonte não vislumbra mais do que esse fogo que tudo consome e tudo destrói no seu caminho.
Cada aproximação, cada tentativa de porto seguro, mais não vale que umas penas chamuscadas e um pouco de fuligem.
Resta o céu… somente esse enorme e solitário céu… ou a imolação no fogo.

1 comentário:

Nuno Leao disse...

lembro-me claro. E para quem possa ler isto e nunca tenha tido conhecimento, o "Jogo a duas mãos" era nestes moldes:
um jornal (o Boletim Dezoficial dos Zebiriguidófilos);
um mês;
um tema (quanto mais abstracto e genérico, melhor);
duas perspectivas: a tua e a minha.
Temos que repetir isso.