domingo, julho 29, 2007

preciso de ti

ora toca lá a reciclar material:

Talvez fosse da hora... assim de manhazinha, acabado de acordar. Ainda não tinha bem assentes as ideias, e depois é isto... acabamos a falar com o coração. Talvez de manhã sejamos mais sinceros. Talvez ainda não estejamos preparados para nos dissimularmos, para mentirmos. Estamos desprotegidos, expostos, nús.
Não interessa agora porque... Está dito, está dito. As palavras não vão ser retirados. Não dá para apagar o que disse.
Preciso de ti.
Não disseste nada.
Certamente sorriste (sorriste como só tu sabes) e não disseste nada.
Mas que terás pensado.
Terei sido patético e frágil? Não sei. Só sei que preciso de ti.

emalgumoutrolugar.blogspot.com julho o4, 2006

nota póstuma: há história e pré-história. há blogues e pré-blogues. e há pré-fins de mundo... até ao dia que este barco fantasma mude de nome e o seu roteiro também. há vida para além disto... há sempre vida, lá mais além.

sexta-feira, julho 27, 2007

doença

frio na barriga?
coração acelerado?
pernas a fraquejar?

Ora cá está... muito bem visto.

Da próxima vez que sentir estes sintomas vou directo a correr para o médico mais próximo.

Só pode ser doença. De certeza que é um mal qualquer.

quinta-feira, julho 26, 2007

ver ou não ver...

"As pessoas vêem aquilo que estão preparadas para ver."



R.W. Emerson

sexta-feira, julho 20, 2007

ambiguidades (saber partir mas não esquecer)

não me parece de modo algum que as ambiguidades de um Homem sejam um defeito ou falta de carácter...
As ambiguidades são riquezas, são as marcas de um Homem.

Mais que tudo, a medida de tudo mais que os gestos, é o reconhecer do gestos, é entender-se como um todo e não se renegar parte alguma, boa ou má.
Um fim não é necessáriamente uma ruptura... é só isso mesmo um fim. O capitulo acaba, a história continua.

Há que saber partir mas também não esquecer o(s) que fica(m) para trás.

segunda-feira, julho 16, 2007

promontório

Num promontório no extremo existe um estranho monumento com um mais estranho epitáfio.

Escuto os mortos com os meus olhos. Dizem-me que aqui já nada têm e do que mais se queixam é da falta do tempo.
Para eles o relógio parou. Não passa mais água debaixo da ponte. O mundo não gira.
Tempus fugit
Do Tártaro intemporal e eterno, as suas palavras ecoam como ameaça velada e aviso

Nós vamos sempre a tempo. Ainda temos tempo. Ainda…


“... a morte é a solução, mas não morras ainda, espera outro dia, um golpe de sorte, uma cara nova, um novo amigo, milhões de oportunidades, ainda és muito jovem, não morras ainda, espera outro dia, um golpe de sorte, vai fodendo...”
Henry Miller, “Trópico de Capricórnio”

domingo, julho 15, 2007

Contra vim...

Contra vim mortisnon est medicamen in hortis

Para tudo há remédio, menos para a morte

sábado, julho 14, 2007

é tão fundo o silêncio

É tão fundo o silêncio entre as estrelas.

Nem o som da palavra se propaga,

Nem o canto das aves milagrosas.

Mas lá, entre as estrelas, onde somos

Um astro recriado, é que se ouve

O íntimo rumor que abre as rosas.



José Saramago