sexta-feira, junho 27, 2008

guerra

Eu não quero fazer as pazes.
É pela guerra.
Só pela guerra é que nos purificamos.
Só com o sangue, vertido e escorrido dos nossos corações, lavaremos todo o sofrimento das nossas almas.
Só a dor, e nada mais que a dor, poderá arrebatar estes profundos e transtornados gritos.
Só a guerra.
Só estes nossos Armagedons privados saciam esta ânsia de não existência.

O fogo que nos possui incendiará os céus e devorará as nossas próprias sombras como se de nós próprios nos tratássemos.

Reduzidos a cinzas e pó, erguer-se-ão então as nossas essências e as nossas substâncias, sob a promessa de nunca fazermos as pazes.

Sem comentários: