O anônimo aqui sou eu. Eu é que sou o indigente.
Eu é que não tenho nome, nem sei quem sou.
Minha mãe não tinha nome e meu pai nem sei quem é. Nem ele sabe quem eu sou.
Minha terra me viu nascer, mas como o ventre de minha mãe, me renegou e expulsou.
Meu bairro não me sorri. Meu vizinho, não olha para mim.
Olá é palavra cara. Bom dia também. Aliás, palavra é palavra cara.
Mulher não sabe quem sou. E se eu sei o que é mulher, não sei o que é o amor.
A bala sabe bem quem sou, mas não sabe quem mata.
Anónimo, é o que sou.
Quem sou eu? Ninguém!
Sem comentários:
Enviar um comentário